OSR, a saga pelo sistema próprio e D23

Meu sistema

Durante a pandemia a chama do RPG de mesa foi reavivada em mim quando esbarrei meio sem querer com o universo dos RPGs Old School (OSR).

Quem leu o post anterior sabe, sou cria do AD&D da abril (e sejamos francos, de GURPS também), e venho labutando na empreitada de escrever meu próprio sistema de RPG, para buscar inspiração andei mergulhando fundo no mundo dos sistemas OSR.

Meu objetivo é escrever um sistema com a pegada oldschool, mas que traga em suas regras a essência do cenário por traz.

Por conta disso uma das primeiras perguntas que tive de responder é: Raça e Classe ou Raça como classe?

Eu até consigo entender o charme de regras mas simples que a mecânica de Raça como classe traz, mas eu particularmente não sou muito fã da ideia de que um elfo não possa ser um ladino, ou um clérigo, ou mesmo que um anão não seja um mago.

Por conta de não conseguir enxergar isso funcionando no meu mundo fantástico, eu acabei descartando a ideia, apesar de que por muito tempo, por querer colocar no sistema uma raça de troca-peles ao estilo do Beorn eu cogitei inclusive manter as duas mecânicas (raça e classe juntamente com raça como classe).

Outra pergunta que venho ruminando as respostas já tem anos, diz respeito aos atributos, mantenho a linha da terceira edição, com todos os atributos funcionando iguais (mesma tabela para modificadores), ou sigo a escola antiga, onde cada atributo está diretamente ligado a uma coisa específica, e pode eventualmente nem ter uma regra modificador atrelado?

Ou talvez devesse seguir o caminho do excelente Five Torches Deep e criar uma mecânica (simples) específica para cada atributo justamente baseada em seu modificador?

Não posso dizer que estou totalmente satisfeito com minha resposta atual, mas tendo a adotar uma mescla entre seguir a escola antiga, juntamente com as pequenas regras para cada atributo, pois gosto muito do fato de todos eles terem algum reflexo para o jogador: uma Força 16 seria boa para um guerreiro, mas não seria completamente inútil para um usuário de magia, pois reflete a quantidade de equipamento que ele pode carregar, e esse tipo de regra existe para todos os atributos.

Por fim, a última pergunta que pretendo filosofar por aqui, diz respeito a regras que eu sempre achei um tanto sem sentido: Armas e Armaduras.

Eu entendo que restringir os tipos de armas e armaduras foi uma escolha de Design para balancear, sobretudo a classe Guerreiro, pois se todos utilizassem qualquer tipo de arma e armaduras ele ficaria atrás dos outros personagens, pois mecanicamente as duas coisas que os guerreiros fazem é ter um percentual maior de acerto nos ataques, e defesas boas (salvaguardas).

Dito isso eu até concordaria que lutar usando uma armadura completa é algo que requer algum treino, mas uma cota de malhas, uma loríga segmentada não tem muito segredo, o ponto talvez seja quanto tempo uma pessoa conseguiria realizar tarefas antes de ficar fisicamente exausto.

Pensando nisso atualmente estou seguindo a abordagem de que a utilização da armadura é limitada apenas pelo atributo de Força do personagem e pelo dinheiro, já que uma Armadura Completa é extremamente cara.

D23

Eu vi recentemente alguns posts e videos falando sobre o Desafio D23, onde ao longo de 2023, a cada dia deve-se montar uma sala/encontro de uma dungeon, e no final do ano teremos uma megadungeon pronta.

Ontem fiz minha primeira sala (na verdade uma entrada com algumas saletas ocultas), ainda não fechei o tema da minha megadungeon, mas me conhecendo, provavelmente será alguma antiga ruína, onde antes era uma cidade Anã, agora tomada por monstros da pior estirpe.

//

Deixe um comentário